segunda-feira, 21 de novembro de 2011

solidão.


A solidão é quase como estar do avesso. É estar desnudo frente a si mesmo. É ter seu lado invertido. É olhar se no espelho com uma curiosidade muda. A solidão é ser avesso. Avesso a ponte que me leva a outro. Obstruir o caminho por astucia ou profilaxia. A solidão é o grau de miopia. Se o amor é cego, minha solidão é bruta.Cancerigena. É a metastase de algo que cresceu em mim sem pedir licença.
É invadir me alma. É estilhaçar o amago. É germinar o ingrato numa terra infecunda. Dar as mão ao diabo. Soluçar tacito de resignação congênita. Solidão eufemismo de uma morte anunciada. É chamar solitario o cadaver sobre a mesa. É uivar sob a lua. Solidão pode estar acompanhada. Pode ser unidade coletiva. É um não sinapses. Todavia,antes de ser solidão,eu sou.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Li hoje cartas em mim



Li hoje cartas em mim que por não ter existido em caligrafia,se entranhou uma memoria,ressuscitou calafrio.Houve um projeto a fecundar esperança.E de antemão, o imprevisto brutal me arremessou de joelhos numa prece anti poética.O homem foi menino.Soluçou no ventre a implorar num múrmuro silêncio.Desconstruiu a si mesmo e velou sua própria morte.
Nenhuma desgraça me será maior do que a de ter nascido humano.Demasiado humano.
Alma órfã submissa ao triste enfado de ser tão só um vulto solitário.
Veria,se lhe fosse dado algo mais que olhos.
Insignificância da vida que me enlouquece.O perfume volúvel do dia e a náusea espamodica da insonia.
Um tremor a formigar me o corpo.O desencanto nas entrelinhas das horas idênticas.
Arritmia das idéias.
Mão pusilanime a suportar o peso do rosto,com sua consciência implicita,da incapaciddade de tolerar o fardo do que esses olhos opacos espiam.
O universo do sonho numa interpretação abstrata.Acordei de um torpor imerso numa fadiga do sono que nunca vem.Chorei, quando me vi no espelho a refletir no exterior a metafisica daquilo que sou.
Lentidão do tempo e sua monotonia.Submissão a qual estou encarcerado.
Todos os instantes são como qualquer outro que vivi.Sinto esse cansaço mórbido e ele é em mim a conclusão de um sentimento ainda inexprimivel.
Um espaço vazio a me libertar dos delírios dessa realidade lúdica.
Exausto da lucidez que me engana eternamente.A desilusão é uma angustia que me revela.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pensamentos pseudo filosoficos da geriatria alzheimeriana


Se tem uma coisa que me deixa puta (e isso soa totalmente descabido visto q na verdade o que me deixou puta mesmo...na realidade me fez ne, foi minha condição financeira e o abandono dos parentes,quando eu ainda era uma adolescente cheia de fogo nas ventas vivendo no interior de São Paulo,mas isso não vem ao caso)...enfim,o negocio é que se tem uma coisa que odeio é gente sem ideia,sem papo,sem conteudo.
A pessoa lê vorazmente,livros,jornais e revistas, assiste filmes,documentarios com bastante frequencia, se diz culta e descolada,porem quando alguem pergunta uma opinião do tipo: Oq vc achou de tal filme?? (ou d qualquer outra coisa relacionada a arte ou alguma ideia filosofica ou seja la q merda for) Ele/a responde: massa pra caraleo.
É nessas hrs q eu penso: todos os adjetivos se resumem a um substantivo! Caraleo!
Ou seja,todas as palavras q vc aprendeu vc enfiou no seu cu ne? Igual o caraleo!
Palavras se tornaram um caralho alheio! Sabe oq é legal pra caraleo,massa pra caraleo,foda pra caraleo?
Buceta!
Se vc perguntar pro seu caraleo oq ele acha massa,ele responderia (se o dito cujo falasse): buceta!Oras,buceta tem massa,é carne,tem volume...caraleo adora!Oq é legal pra caraleo? Buceta!É o playground do pinto!E o maaaaaaais obvio.Oq é FODA pra caraleo? B-U-C-E-T-A!
Sabe o que eu acho de vc? Que vc é um bucetão!
Ou seja,babaca pra caraleo!

Aqui ó,p/ seu vocabulario!

Dona Zulmira